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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Seriados (Parte 2 – para primeira parte clique aqui

Dentre tantos gêneros explorados pelas séries americanas confesso que o meu preferido sempre foi o Drama-Policial. Dezenas de seriados forma produzidos desde a década de 60, porém a partir de 70 o gênero começa a ganhar mais força, consequentemente mais seriados são produzidas e essas alcançam sucesso internacional. Nessa década, seriados como Baretta, Kojak, e Columbo fizeram grande sucesso em dezenas de países. Nos três seriados, os protagonistas eram detetives policiais nos quais as séries levavam seus respectivos nomes.

A partir dos anos 80 essa fórmula é alterada e os seriados policiais passam a ter dois ou mais policiais/detetives estrelando. No caso de dois protagonistas, as séries mais populares foram CHiPs e Miami Vice, já no segundo modelo, onde um esquadrão policial é o carro chefe, inúmeras séries são produzidas desde então, chegando esse modelo até os dias atuais.

Nas últimas duas décadas, tivemos dezenas de seriados policiais, sendo que muitos deles alçaram sucesso em todo o mundo, principalmente com a disseminação da TV por assinatura. Para enfrentarem tanta concorrência, os roteiristas tiveram que ser cada vez mais criativos. 

Ainda nos anos 90 surge um novo conceito criado por Dick Wolf, onde há uma combinação perfeita em ao juntar os casos policiais de uma delegacia em Nova York e o desfecho deles nos tribunais. Isso foi feito em Law & Order e a série fez tanto sucesso mundo a fora que virou uma franquia e originou outras cinco: Law & Order – SVU (a segunda de maior sucesso e indo para a 13º temporada); Law & Order – Criminal Intent; Law & Order – Trial by Jury; Paris Enquêtes Crimenelles (em Paris) e Law & Order – UK (em Londres).

Já nos anos 2000 foi criada a série CSI: Crime Scene Investigation, novamente uma nova forma de ser ver um departamento de polícia resolver os crimes. Na verdade, o seriado consiste em investigações por parte de um grupo de cientistas forenses do departamento de polícia de Las Vegas. Através de um laboratório ultra-moderno, os investigadores forenses desvendam crimes e mortes em circunstâncias misteriosas e incomuns. Com o enorme sucesso, a série também vira uma franquia e dá origem a outras duas, CSI Miami, estrelada por David Caruso e CSI Nova York.

Nesses últimos anos, além dessas séries policiais já citadas, muitas outras se destacaram como Cold Case, NCIS, Criminal Minds, Without a Trace só para citar algumas, mas para mim nada se compara a premiadíssima The Shield. 


A série altera a fórmula convencional dos seriados policiais ao mostrar um mundo moralmente ambíguo em que a linha entre o bem e o mal é cruzada diariamente. A série é focada na tensão entre um grupo de policiais que trazem resultados, porém são corruptos e um capitão dividido entre seu dever e suas ambições políticas.

O seriado conta o dia-a-dia dos policiais do distrito fictício de Farmington, em Los Angeles, tendo como base uma delegacia improvisada dentro de uma igreja abandonada, apelidada de Farm . Vic Mackey (estrelada pelo ótimo Michael Chiklis) é o policial corrupto, líder do Strike Team, uma equipe de quatro policiais voltada para o controle da ação de gangues e do tráfico de drogas. O Strike Team foi inspirado por uma divisão real do Departamento de Polícia de Los Angeles.

A série teve sete temporadas, ganhou o Emmy Awards 2002 de melhor série Drama, o Golden Glob Awards em 2003, também para melhor série dramática, além de Michael Chiklis ter ganho vários prêmios e indicações de melhor ator. O seriado teve ainda as brilhantes participações de Glen Close (cinco vezes indicadas ao Oscar), Forester Whitaker (Oscar 2008) e Anthony Anderson, como atores convidados. The Shield serviu ainda de inspiração a produção de 9mm – São Paulo.


Para quem procura algum seriado para assistir, não deixem de ver The Shield!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011


iWas Steve Jobs

Por Marcos Hiller

Steve Jobs não é mais o CEO da Apple. O mundo da tecnologia acordou triste hoje. Após uma longa, histórica e bem sucedida jornada à frente da Apple, Steve Jobs abandonou a sua empresa. Jobs é um gênio, e todo gênio que se preze sobra em alguns aspectos e deixa a desejar em outros. Ao mesmo tempo em que ele demitia funcionários nos elevadores da Apple em Cupertino/Califórnia, de lá eram lançados novos produtos que causam um habitual frisson em todo o planeta. Ao mesmo tempo que ele não fazia pesquisa com consumidores para lançar seus produtos, ele acerta a mão em tudo que lança. Ao mesmo tempo que ele diz, com a maior naturalidade de mundo, que o trabalho de 200 engenheiros que se debruçaram em um projeto durante 2 anos de nada valeu , ele lança um MP3 com apenas 1 botão no meio, e é líder de categoria no segmento. Esse é o mago Steve Jobs.

Se eu tivesse a dura missão de resumir Steve Jobs em poucas palavras, eu me limitaria em: paixão aos detalhes e intuitividade. Tudo que a Apple fez, faz e fará carrega esses dois valores de forma sublime. Todos os produtos da Apple têm uma extrema atenção ao detalhes, tudo muito bem calibrado, bem pensado,e todo novo design tem um racional fortíssimo por trás.O cabo de energia é preso com imã ao computador, pois se você tropeça no fio não joga seu trabalho no chão. O botão de liga/desliga é sempre atrás, caso você esbarre, isso não deletará seu projeto todo. Tudo é muito intuitivo. Nunca mexemos em um iPad mas quando pegamos um parece que já sabemos onde as coisas estão. Todo produto da Apple é assim. O iPad logicamente não possui manual de instruções, pois aprendemos a operá-lo sozinho. Mas se você é da geração X e gosta de ler manuais, sem problemas. Vá no site da Apple e baixe o PDF. 

Jobs deixa um legado incomparável. Há quem compare o que ele faz como algo parecido com religião. Jobs é o messias, a Apple Store é a Meca da Tecnologia mundial e nós não somos meros consumidores, somos verdadeiros seguidores e adoradores. E resta a Tim Cook agora, o mais novo CEO da companhia, fazer jus à fama de seu antecessor, e vestir a camisa 10 do “Pelé da Inovação”. É uma camisa pesada, é um crachá com brilho próprio, e que estará atento aos olhares ávidos de nós consumidores. Vale lembrar que Steve Jobs era rodeado por outros gênios. Um deles é Jonathan Ive, que ao mesmo tempo que passeia em seu Aston Martin pelas praias da California, também desenha produtos como o iMac.

Jobs é um gênio provocativo. Ele desafiou o mercado editorial com os e-Books, que vieram para ficar e crescem de forma avassaladora. A maior evidência disso é o pedido de falência da gigante Borders (simplesmente a segunda maior livraria dos Estados Unidos), e uma das grandes razões se deve ao fato deles não terem ido de forma tão agressiva para o segmento de e-Books. E Jobs avisou. Os livros físicos estão com os dias contados. Livros físicos ocupam andares e mais andares de bibliotecas. Livros físicos são ecologicamente incorretos e pesam nas nossas mochilas. Os livros digitais não pesam nada, são mais facilmente compartilhados, são gostosos de ler e a natureza agradece.

Steve Jobs e a sua Apple ditam a vanguarda tecnológica,e ao mesmo tempo, geram uma rápida e proposital obsolescência de seus produtos. O iPad 1 que, até o ano passado, estava na crista da onda, hoje já é velho. Dentro de anos, será item de museu. Não me resta dúvidas que Tim Cook e seu brilhante time de engenheiros e designers já estão com o iPad 3 pronto, e o iPad 4 já no protótipo, e o iPad 17 já idealizado. E cabe a nós consumidores sermos engolidos por esse tsunami de gadgets. A verdade é que eu não preciso de iPad 2, mas eu tenho que ter.

Obrigado, Jobs!


Fonte: www.blogdohiller.blogspot.com 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Rock Nacional de Qualidade



Hoje o papo é sobre música, ou melhor, música com muita qualidade.  Apresento-lhes André Frateschi e Miranda Kassin, uma dupla que manda muito bem em cima dos palcos. 

André e Miranda são atores e músicos e cada um deles possui seu trabalho individual, sendo que Miranda (detentora de uma voz poderosíssima) fez sucesso na noite Paulistana através do projeto “I Love Amy” desde 2008, onde interpreta os hits de Amy Winehouse. André Frateschi lidera a banda “Heroes”, onde interpreta canções de David Bowie. Embora ambos projetos tenham seus sucessos, eles também cantam juntos (são casados há 5 anos), já que um complementa a banda do outro, ela cantando e ele tocando bateria.

Em 2010 lançam um álbum juntos chamado “Hits do Underground”. O álbum é composto por 11 canções de artistas que frequentam ou frequentaram o underground do rock brasileiro.

Agora chega de enrolação e vamos ao que interessa: música. Para quem quiser ver ao vivo, a Miranda costuma apresentar-se freqüentemente no  Studio SP e no  The Orleans.

No primeiro vídeo abaixo, Miranda interpreta uma das músicas de Amy Winehouse.


                                                                         Back to Black


No segundo vídeo, Miranda faz sua versão da música de Gloria Jones, música essa muito conhecida pela banda dos anos 80 Soft Cell.

                                               Tainted Love

No terceiro vídeo segue a versão de André Frateschi com sua Banda Heroes para uma das canções de David Bowie. Não sou tão fã de Bowie assim, mas para os fãs mais xiitas que lerem esse post que me perdoe, mas muitas versões de Frateschi são melhores que as originais.

                                                 Young Americans

No quarto e último vídeo segue uma ótima versão de Under Pressure do Queen. 


Para quem quiser conhecer um pouco mais do casal, visite o site oficial http://www.mirandaeandre.com.br/site/ ou então no blog do fã clube em http://www.kassinfrateschifc.blogspot.com/  

Enjoy it!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Seriados (Parte 1)



Desde que a música Geração Coca-Cola (primeiro álbum da Legião Urbana) foi escrita pelo Renato Russo, no início dos anos 80, muita coisa mudou nos “...enlatados dos USA”. Embora inúmeras séries sejam produzidas anualmente, nunca tantas foram televisionadas em nosso país como nos dia  de hoje.

Nos anos 80, muitas séries fizeram sucesso tanto na Globo quanto no SBT. Séries como Magnun, Esquadrão Classe A, Missão Impossível, A Super Máquina, entre outras, faziam enorme sucesso entre as séries de ação.  O sucesso era tão grande, que algumas dessas chegaram a ter brinquedos licenciados à venda, como foram os casos da Super Máquina, do Esquadrão Classe A e do Duro na Queda.

A partir da inauguração das TVs a Cabo no Brasil, em meados dos anos 90, uma enorme quantidade de seriados passou a ser transmitidos pelos canais fechados. Canais como a Sony, Warnel Chanel, Universal, AXN, Fox entre outros, conquistaram muitos telespectadores, principalmente aqueles que como eu, não se interessavam pelas novelas produzidas pelos canais nacionais.

Nos Estados Unidos, todos os anos são lançadas dezenas de séries, sendo que normalmente as de maior sucesso são dos gêneros Comédia, Drama e Policial. O número de séries é tão grande que muitas delas acabam na primeira temporada, já que a baixa audiência diante de tantos concorrentes, não justificam novos investimentos na continuidade da série. Porém o contrário também acontece, pois muitas das séries lançadas nos anos 90 tiveram sua renovação por mais de 10 anos; só para citar algumas, lembro de “ER” (no Brasil - Plantão Médico) com quinze temporadas e  “NYPD Blue” (Nova York Contra o Crime) com doze temporadas e o “Law & Order" (Lei e Ordem) com vinte temporadas, cancelada em 2010.

Outras séries de enorme sucesso que tinham como o objetivo transmitir, ainda que de forma diferente entre elas, o estilo de vida e o cotidiano do povo americano , tiveram seu término interrompido no auge do sucesso por definição de seus protagonistas, que preferiram uma grande despedida a ver suas séries caírem em declínio e terem um término melancólico. Os grandes exemplos disso foram as séries “Seinfield” e “Everybody Loves Raymond” (esta para mim, uma das melhores de todos os tempos), onde ambas lideraram a audiência na televisão americana e foram interrompidas na nona temporada.

Já nos anos 2000, muitas séries foram produzidas com as histórias contínuas entre os episódios, de modo que a sequência correta era necessária para o entendimento do todo. Isso não era comum, já que na maioria das vezes, cada episódio de um seriado acontecia uma trama nova, sendo que um não dependia dos demais e a história tinha o desfecho no fim de cada episódio. 
Com essa nova tendência de se produzir um seriado, os canais americanos conquistaram um número ainda maior de telespectadores através de seriados como 24 Horas, Prison Break,  Lost etc.

Apesar de no Brasil a audiência dessas séries crescerem constantemente nos últimos anos, ainda temos um número irrisório, para não falar pífio, de produções nacionais. Nos anos 80 tivemos um único sucesso que foi a “Armação Ilimitada”. Já nos anos 2000, tivemos uma boa produção da Record com alto investimento, que foi a série “A Lei e o Crime”. Apesar da boa audiência a série durou apenas uma temporada. Uma outra produção nacional muito boa é “9 Milímetros – São Paulo”, produzida pela FOX em parceria com a Moonshot Pictures, que teve início em 2008 e voltou a ser produzida em 2011 através da segunda temporada.

Continua...