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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Anos 80 - Os Melhores


Estava pensando qual tema abriria os posts de 2012 e não chegava a nenhuma conclusão. Queria um assunto diferente de filmes/livros/séries, algo mais abrangente e ao mesmo tempo em que fosse quase uma unanimidade (eu sei que é impossível). Como vocês podem ver, estava bem fácil, rs.., mas ês que tive um insight sobre 2 filmes dos anos 80 e pensei: “Anos 80 seria excelente” (pelo menos o tema, não o meu texto, rs..).

A onda de nostalgia começou anos atrás e ainda mantém-se forte até hoje. Festas de anos 80 foram organizadas em vários lugares e justiça seja feita, pelo menos para o Rock Nacional, esses foram anos de glória.

Tudo que há de melhor no Rock Nacional surgiu nessa década: Biquini Cavadão, Ultraje a Rigor, Paralamas do Sucesso, Blitz, Lobão, Kid Abelha, Barão Vermelho, Titãs, Ira!, Capital Inicial e a maior e melhor de todas, Legião Urbana. Havia espaço para tudo, humor irreverente, mas com conteúdo, vide as letras de Roger Moreira e seu Ultraje a Rigor, críticas sócio-econômica e políticas (Titãs, Paralamas, Capital e Legião entre outros).

Mas outros ramos da cultura também tiveram seus anos célebres. No cinema (tento fugir dessa temática, mas não tem jeito, rs..) houve algumas franquias clássicas como Loucademia de Polícia, Um Tira da Pesada, Duro de Matar, Férias Frustradas, Rambo, Rocky, Indiana Jones, Apertem os Cintos... o Piloto Sumiu, De Volta para o Futuro para citar algumas e outros clássicos com Goonies, Gremlins, Conta Comigo, ET, Curtindo a Vida Adoidado, De Volta às Aulas, Batman entre tantos outros.

Na TV também tivemos seriados americanos clássicos como A Super Máquina, Esquadrão Classe A, Chips, Duro na Queda, Missão Impossível, Magnum, A Gata e o Rato, Miami Vice, Trovão Azul, Profissão Perigo (MacGyver). Por aqui não tivemos tantas produções legais, mas vale citar a Armação Ilimitada, os programas Os Trapalhões, TV Pirata e o Viva o Gordo, o qual eu esperava a semana toda passar pra poder assistir. Entretanto acho que o campeão em audiência desde o início da década e o qual ainda tem uma enorme audiência é o Chaves. Gerações se passaram e o sucesso continua firme e forte em terras tupiniquins.

E os desenhos? Foram muitos como Scooby-Doo, A Caverna do Dragão, Thunder Cats, A Corrida Maluca, Pica Pau, Os Jetsons, Hong-Kong Fu, Tutubarão, Falcão Azul e Bionicão, Super-Amigos, Os Impossíveis, Johnny Quest, os Herculóides, A Corrida Espacial e muitos outros, a lista é enorme.

O mundo era diferente e muito mais simples, jogávamos Atari e Odissey, onde ambos os joysticks tinham apenas um botão. Passávamos horas jogando bola na rua, brincando de várias brincadeiras como Esconde-Esconde, Mãe da Rua entre outras, sem grandes preocupações. Em épocas de chuva passávamos horas jogando futebol de botão e vários jogos de tabuleiro. Quem foi que já não arranjou uma discussão jogando War ou Banco Imobiliário? Tinha também o Detetive, Jogo da Vida, Master, Scotland Yard, Jogo da Veja (sim, a revista) Cara a Cara, Combate e por aí vai. Claro que não podemos esquecer que comprávamos nossos brinquedos no Mappin ou na Mesbla.

Meninos colecionavam figurinhas de futebol entre outras, meninas colecionavam papel de carta e brincavam de elástico, que os meninos sempre achavam ridículo, rs... nas festinhas de aniversário sempre rolava um Beijo, Abraço ou Aperto de Mão. Nessas festas tomávamos  Coca-Cola, Gini, Crush, Tubaína e muita Fanta Uva. Sempre tínhamos no bolso um Drops Dulcora, chiclete Ploc, Ping-Pong (com figurinhas) e Adams Mini.  Comemos muito chocolate Lolo, Surpresa (colecionávamos os cartõezinhos de animais), sensação e Kri. 
                                                      Vai dizer que você nunca se engasgou com uma bala Soft?

Sinto saudades deste tempo (sim, sou saudosista moderado, rs...) onde conversávamos com um ou vários amigos pessoalmente, e não precisávamos de um computador para isso. Eu achava legal quando ia usar um orelhão e percebia  que não haviam pego a ficha que havia sido devolvida. Adorava guardar as tampinhas da Coca-Cola para trocar pelos vários brindes legais (Ioiôs, mini garrafinhas...), e usei muito Kichute e Bamba Cabeção até a sola ficar lisa.

Mas como o velho clichê de que tudo que é bom dura pouco, os anos 80 passaram (vieram os chatos anos 90), o mundo mudou e passou a ser online através da internet e dos vídeo games conectados a rede. Tudo bem que esse novo mundo tem seus atrativos, mas sem dúvida não é mais um mundo onde as coisas demoram a acontecer, onde um ano passava devagar e conseguíamos fazer um monte de coisas sem termos a louca sensação de que não tínhamos tempo para nada, como hoje em dia.

Faltou falar de muita coisa legal, se lembrarem de mais coisas que marcaram, falem aí no comentário.

Se você viveu os Anos 80 sabe bem como eles foram legais. 

Salve os Anos 80!



5 comentários:

  1. Quantas lembranças boas mesmo, nada destas historias de Igiyo, Naruto entre outros desenhos....sem falar em bandas nada igual de hoje: restart,Cine .....Sinceramente hoje em dia as coisas são feitas de forma muito superficial, para se possa alcançar o sucesso rapido eu que diga um tal "ai se te pego".....cantor de uma unica musica!
    Um banda que esqueceu de mencionar foi Plebe Rude, um outro marco! Bom, parabéns, como sempre um excelente post!

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  2. Valeu Ronaldo. Concordo com você e realmente deixei passar uma das melhores bandas e fundadora do Rock Brasília, Plebe Rude. Bem lembrado. Abraços.

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  3. Rei

    Excelente postagem, afinal, o Baú resgatou o período da minha adolescência.

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  4. Valeu Givas, que bom que gostou. Abs.

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  5. ANOS 80

    No meu pequeno mundo mágico de playmobil,
    Ainda não se conheciam os sofrimentos do mundo:
    Não se sabia, por exemplo, que a ditadura agonizava no Brasil,
    Que existia uma cortina de ferro, um muro imundo,
    E que a qualquer momento a Bomba poderia acabar com tudo...

    Que importava?
    A linguagem difícil dos telejornais não se entendia
    E a cabeça de um menino decerto não comportava
    Que os homens pudessem ser tão maus e viver em tamanha agonia...

    O máximo que se temia
    Eram os Gremlins, o Jason, o Freddy Krueger,
    O monstro embaixo da cama, o pisar no formigueiro,
    Os mortos-vivos de Stephen King, a Loira do Banheiro...

    Longas tardes onde era tão fácil inventar o que fazer,
    Onde era tão fácil ver beleza na vida,
    Onde era uma aventura o próprio viver,
    E se dormia um sono tão tranquilo ao fim do dia!

    Ah, dormir ao som do piano de Cristopher Cross,
    Dos sintetizadores de New Order, Duran Duran,
    Da nova baladinha do Phil Collins
    E o Menudo não parava na vitrola da minha irmã...

    Minha vizinha sonhava com seu patinete, Fofolete, Moranguinho,
    E meu mundo era guardado pelo Rambo, He-Man, Superamigos,
    Que derrotavam todos os males do submundo mesquinho,
    Vigiando atentos, da Sala de Justiça, todos os seus inimigos!

    O mundo lá fora só se acessava pela Sessão da Tarde,
    Onde viviam E.T., Indiana Jones, jedis e andróides de Blade Runner,
    Talvez em algum lugar do passado,
    Talvez de volta para o futuro,
    Talvez curtindo a vida adoidado,
    Talvez Caça-Fantasmas no escuro...

    Antes disso, ríamos da pobreza na Vila do Chaves,
    Do Chapolin – o herói burro e raquítico latino-americano,
    Nos episódios da década anterior que o Sílvio Santos comprara
    Do então nascente império televisivo mexicano.

    Eu prometia constantemente a mim mesmo:
    Um dia ainda ando para trás como o Michael Jackson,
    E como o McGyver, de tudo um pouco entendo;
    Um dia ainda entro num cano como o Super Mario
    E chego do outro lado em forma de bits do meu Nintendo!

    E eu continuava no meu castelo de cartas,
    Erguendo paredes de dominó e assoalhos de Lego,
    Chamando os Thundercats contra Mum-Rá (não nego),
    Alheio às angústias do mundo e do Brasil,
    Construindo meu pequeno mundo mágico de playmobil!

    Carlos Vicente

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