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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Facebook & Instagram


Há exatos 31 dias atrás Marcos Zuckerberg anunciou ao mundo que o Facebook havia comprado o Instagram por US$ 1 bilhão.

Para felicidade dos usuários do Instagram, pelo menos até o momento, não houve alteração na utilização do aplicativo, porém uma semana antes da compra, o aplicativo foi liberado para o sistema Android do Google.


Segue abaixo um texto publicado pelo consultor de Marketing, Marcos Hiller, em seu blog no dia do anúncio de Zuckerberg.





A mais nova simbiose do mundo digital: Facebook & Instagram


Nos primeiros dias de vida, o Instagram era apenas quatro funcionários, incluindo seus dois co-fundadores, e que trabalhavam amontoados nos primeiros escritórios do Twitter no bairro de South Park de San Francisco. E o Instagram, mais uma start-up da California e que não tem receita, fez brilhar os olhos do judeu liberal Mark Zuckerberg, que desembolsou um bilhão de dólares, e muito em breve vai saber como capitalizar muito bem em cima dessa fascinante rede social de fotos.

No veloz e ansioso mundo contemporâneo que vivemos, comprar o vizinho é a mais rápida estratégia para crescer. Não necessariamente é a decisão mais barata, mas é a mais rápida. Crescer de forma orgânica pode ser louvável, mas nem sempre responde à ambição de crescimento de acionistas. Assim como o Google, há alguns anos comprou o YouTube, e o transformou no segundo maior site de buscas do mundo. E por trás dessa aquisição do Instagram percebe-se uma visível intenção do Facebook em se tornar ainda mais forte nos dispositivos móveis, e deixar promissores aplicativos longe das garras do Google. O Instagram é uma criação concebida puramente para o universo mobile.



Quem usa o Instagram entende o magntismo que essa rede social gera. O conceito realmente é simples e genial ao mesmo tempo, pois faz com que pessoas se comuniquem por meio de imagens. A psicologia cognitiva talvez nos ajude a entender o fascínio por essa rede social, pois ela prega que seres humanos gostam mais de imagens do que textos. Por esse motivo que praticamente todas as marcas do mundo sempre adotam um símbolo ou um mascote para acentuar sua aproximação aos consumidores. E o conceito é simples. O Instagram é fundamentalmente uma rede social concebida em torno da fotografia, e disponibilizado apenas para uso em celulares (apenas para iPhone da Apple até a semana passada, agora já disponível também para o "patinho nada feio" Android, o sistema operacional da Google), onde as pessoas adicionam belíssimos efeitos às suas fotos produzidas com a (cada vez menos limitada) câmera do celular e compartilham com os amigos. O Instagram já tem dezenas de concorrentes, mas nenhum outro aplicativo teve uma ascensão tão rápida.

Ninguém perde com a compra do Instagram pelo Facebook. No entanto, alguns fãs do Instagram torcem para que o Facebook mantenha a originalidade e o conceito do aplicativo devidamente preservado. Pelo menos nesse início de simbiose, tudo deve continuar como sempre foi. Mas logo após o anúncio da notícia, os usuários mais assíduos do Instagram começaram a expressar descontentamento com a novidade nas redes sociais. Só o tempo nos dirá como serão tratados os mais de 30 milhões de usuários que fazem uploads de mais de 5 milhões de fotos ao dia.



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