Para os amantes da sétima arte, não
há nada mais prazeroso que entrar em uma sala de cinema sem grandes
expectativas e após duas horas sair dela completamente maravilhado. Essa foi
minha reação há poucas semanas quando finalmente assisti Intocáveis.

O filme baseia-se em fatos reais
vividos pelo bilionário aristocrata francês Philippe Pozzo di Borgo e seu
cuidador Abdel Yasmin Sellou. No filme, Philippe é retratado pelo excelente
ator François Cluzet e Abdel fica a cargo do carismático ator Omar Sy. Após sofrer um grave acidente, o aristocrata
fica paraplégico e resolve contratar um novo cuidador, e para isso, passa a
recrutar candidatos ao cargo. Driss (Omar Sy) um ex-presidiário em liberdade
condicional candidata-se a vaga sem nenhuma pretensão de obtê-la, pois seu
único objetivo é realizar a entrevista, para somar as 3 entrevistas sem sucesso
e continuar a receber o seguro desemprego francês.
Durante a entrevista, Driss
comporta-se de forma totalmente despretensiosa e sem nenhuma preocupação com as
boas maneiras necessárias para a ocasião, o que acaba chamando a atenção de
Philippe, que resolve convencê-lo a aceitar o cargo. Começa então uma relação
de companheirismo e amizade desprovida de piedade, tanto por parte de Driss,
que tem sua cota de problemas familiares, quanto de Philippe.
A química entre esses dois atores
é fantástica e fazem certamente o sucesso desse ótimo roteiro. O filme é
dirigido pela dupla de diretores e roteiristas Olivier Nakache e Eric Toledano,
e tournou-se a maior bilheteria francesa de todos os tempos, superando os antecessores
O Artista e O Fabuloso destino de Amélie Poulain.
Hollywood que tanto apreciamos que
me desculpe, mas não há nada como um belo roteiro francês, ainda que seja um
filme comercial. Como faz o pessoal do podcast MRG (Matando Robôs Gigantes),
minha nota de 0 a 5 robôs gigantes para Intocáveis é um raro e valoroso 5 robôs
gigantes.
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